Com o sucesso da investida lusitâna no norte da áfrica, o rei, infante D. Henrique, voltou seus esforços para a expansão do comércio, e intensificou a grande empreitada rumo à construção do império da pimenta lusitano.
Iniciando o processo, indicado pela coroa, Paulo da Gama irmão de Vasco da Gama, ambos fidalgos portugueses, comandantes dotados de certa experiência, acabaram recebendo do rei a autorização de realizar uma pequena expedição para tentar atravessar o ultra-mar rumo a índia e voltar com boas noticias, embora a indicação para o comando da viagem tenha sido feito para que Paulo fosse o comandante mor, devido a um problema de saúde que o impossibilitou de fazê-lo, Vasco da Gama acaba tomando comando da expedição e Paulo embarca junto com o irmão, comandante de um dos navios.
À medida que foram navegando rumo à índia, a expedição de Vasco da Gama fez muitos contatos com nativos e como de costume, os ibéricos foram aumentando sombra em torno de sua imagem perante as populações, tanto da África como de reinos do oriente médio próximos à costa, que dificultou e muito a tentativa do estabelecimento de rotas comerciais.
Esta viagem representou a abertura da carreira da índia, depois da volta de Vasco da Gama, a Portugal, os lusos tiveram a iniciativa de abrir a rota e iniciar o império ultramarino de especiarias.
Após a viagem de Vasco da Gama as rotas à índia estavam abertas, porem como já dito antes, devido à imagem que os portugueses construíram derramando sangue dos “infiéis” em troca do lucro, e desrespeitando a cultura e religião por onde passavam, atrapalharam muito as tentativas de estabelecer, o comércio de maneira instável, optando por uso quase sempre da violência, para subordinar a população local. Os lusos seriam em pouco tempo muito mal afamados nos território com que mentiam relações comerciais, eram tidos como um povo pirata saqueador que roubava e matava, espalhando sangue por onde passava. O que não deixava de ser um fato, a fama dos portugueses realmente tinha fundamento, eles tinham uma péssima conduta no que se diz respeito a o contato com o outro.
Não tendo a mesma sorte de Vasco da Gama a viagem de Cabral que acabou na descoberta do Brasil foi um fracasso. Cabral firmou alguns tratados de comércio com populações no decorrer do caminho do qual foram muito uteis aos comerciantes e mercadores portugueses posteriormente, antes de retomar a viagem, relatando a descoberta das “novas terras”.
Apesar da noticia de uma terra desconhecida até então ter se confirmado, o que se pressupunha a tempos. Cabral foi mal sucedido em sua missão, porque além de ter sido longa demais sua viagem, houveram prejuízos absurdos.
Com o continuo contingente de navios que viajavam pela rota marítima das especiarias, tinha-se necessidade de controlar as rotas e policiar pela costa com as naus, de forma a manter as varias feitorias instituídas por eles, que haviam de ficar sempre protegidas perto da costa, pois os nativos apesar de ser em maior numero não dispunham de muitas armas. Na costa ficava mais fácil de dar cobertura com a proximidade das naus que continhas equipamentos de artilharia pesada.
Seguindo o processo, a tentativa de cristianização dos infiéis surtiu efeito em Goa assim como a tomada da cidade como ponto de comércio, estratégico para coroa, pois era o ponto mais importante de comercio da índia, recebendo toda a mercadoria comercializada pela índia e oriente médio, contando também com tudo que vinha da china e do Japão que era pouco, quase nada devido ao fato dos dois países terem se excluído do comércio marinho.
A tomada da cidade de Goa pelos lusos e a construção de muralhas foi um fator importante para o controle do comércio e da zona produtora de pimenta. Dessa forma se instaura o império da pimenta. que mais tarde pela grande distancia e pela diminuição do lucro gerada por ataques e pela disputa entre outros impérios europeus se volta para os territórios das "novas terras" descobertas.