Expansão Marítima Européia - América Portuguesa - O que lançou os Portugueses ao mar ?



Na antiguidade o território onde é hoje Portugal foi considerado pelos autores como os "confins" do mundo “Onde a terra acaba e o mar começa”, é um lugar onde o solo não contribui muito para o plantio de produtos do gênero alimentício, obrigando a população a se voltar para o mar para conseguir alimento, mas em contrapartida, este local possuía o solo rico em minérios chegando a ser citado em textos como tal, um lugar rico e habitado em tempos remotos por pessoas que migraram provenientes do império romano em busca dos mais diversos recursos, que ajudou a constituir a povoar o território da península.

Outro fator favorável para a jornada dos portugueses em direção ao mar tenebroso, foi o da invasão dos mouros no ano de 711 D.C., trazendo consigo uma tecnologia naval já muito avançada com seus instrumentos de navegação e localização, o que possibilitou aos europeus lançarem-se ao mar com mais destreza. Após o processo de reconquista do território dominado pelos mouros em 1297, o império português estava suficientemente escoriado pela miséria e pobreza trazidas pela guerra e com o avanço técnico que necessitava para a expansão rumo aos territórios de ultramar em busca de mercadorias e gêneros alimentícios que faltavam dentro da península, além de uma grande vontade de buscar restituir a riqueza levada por anos de conflito.

Nos anos seguintes a este processo, com a explosão demográfica em função do termino da mortes de guerra e consequentemente com a falta de alimento, tendo o norte fértil e o sul granítico, onde nada crescia a não ser oliveiras e uvas. A solução era comerciar, trocar, barganhar, buscar fora alimentos para suprir o que não se produzia internamente, gerar a riqueza através de rotas comerciais que trouxessem alimentos e gêneros de mercadorias de valor elevado. Trocar e barganhar em nas grandes feiras europeias do séc. XII. A dificuldade de transporte por terra revelou o interesse de novas rotas via mar junto com todo o aparato técnico. Logo, os lusos passaram de intermediários para distribuidores de mercadorias devido às suas embarcações, fabricadas cada vez com melhor qualidade. Explorou-se também, a montagem de entrepostos comerciais por italianos e catalães distribuindo as mercadorias na grã Bretanha e no norte da Europa, fazendo uso de navios mercantes em Portugal.

Por volta de 1369 e 1382 depois da morte misteriosa do infante, D.Afonso ainda com poucos dias de vida, supostamente assassinado, a posse do trono de sua família foi para sua irmã, D. Beatriz na época com dez anos de idade. Quando ela assume, devido à má administração de seu governo em lidar com os conflitos com Castela e em função do tratado de Elvas em Agosto do ano consecutivo, sua mão em casamento foi reivindicada de acordo com os termos do tratado proposto pelo papa Bento XIII para o fim das guerras entre os dois reinados ao herdeiro do trono de Castela, D. Fernando que se tornaria Fernando I de Aragão, fato este que anuncia uma crise interna no império português, a sugestão dada pelo papa, dividiu a população, desencadeando um período de guerra civil, de 1383-1385. Consecutivas revoltas, e batalhas internas em busca de uma solução a questão das riquezas e do comércio especiarias, fazendo com que os lusos voltassem então seus olhos para o norte da áfrica, como uma alternativa.

Descobrir e conquistar novas rotas comerciais e entrepostos, esse é o inicio da expansão marítima européia, seguindo rumo ao mar em busca de riquezas, iniciado por portugueses como uma saída para seus problemas internos, seguido por outros países europeus numa corrida em busca de mercadorias.

Postagem Anterior Próxima Postagem

نموذج الاتصال