Expansão Marítima Européia - América Portuguesa - As Embarcações tecnologia naval.


Navios mercantes e de guerra usados no séc XV e XVI. No centro a nau Santa Catarina do Monte Sinai, feita em 1512. Estas naus, desde o período das primeiras naus oceânicas como a Santa Maria.

Navegando em um mar tenebroso.


No inicio da história da navegação humana, os navios usados eram movidos pela força de homens e exigiam grandes quantidades de remadores, depois vagarosamente o aperfeiçoamento natural dos projetos das embarcações foram ficando cada vez melhores torando-as mais rápidas, e leves, eliminando numero de remadores e usando o vento com força motriz posteriormente, a competência demonstrada pelos estaleiros do mundo antigo, foi sem duvida fator relevante para a expansão ultra marinha que viria depois.
 
Com a evolução na tecnologia naval, aumento das navegações rumo ao desconhecido em busca da cristianização e o lucro com o comércio de especiarias durante a idade média. Cada vez mais, era necessária à confecção de embarcações que durassem, que fossem mais ágeis e carregassem mais peso para que assim  proporcionassem o desenvolvimento de verdadeiros estaleiros contando com o trabalho de pessoas especializadas no fabrico de barcos cada vez melhores. 

Porem a confecção desses, grandes navios para todos os usos tanto militar como de comercio, era caro sendo que as peças não eram tão fáceis de serem encontradas, remetendo os portugueses a buscá-las em regiões distantes encarecendo mais ainda o seu fabrico.

Junto com esse avanço na tecnologia dos materiais e a busca por itens exóticos na construção desses navios, outra coisa que evoluiu, foi à instrumentação que se usava como referencia, para a localização do navio em alto mar, mas passando por varias fazes com a adoção do Kabal, herdado dos árabes, a bússola que em algumas ocasiões não funcionava e depois evoluindo para outros instrumentos devido à ajuda dos avanços desenvolvidos pela universidade de Lisboa, chegando a ter um conjunto de aparatos que fazia o capitão das embarcações ter uma gama de opções, de como se proceder em algumas ocasiões, mas sem duvida que ainda era fácil se confundir com algum dado induzindo ao erro, tendo que contar com o bom senso e experiência dos navegadores que ainda era pouca.

Mas tarde um pouco com o aumento da experiência compartilhada pelos navegadores e com a evolução técnica, surgiu um meio mais fácil de navegar devido ao estudo das correntes marítimas, e as formar de aproveitá-las nas grandes viagens, os lusos começaram a perceber que quanto mais se levasse em consideração tais correntes aliados com o conhecimento dos ventos, se podia chegar mais rápido e viajar com mais segurança do que apenas cursar o caminho mais curto que poderia levar ao naufrágio.

A bordo dos navios é importante ressaltar que havia uma rígida hierarquia que comandava o funcionamento, que era dividido em áreas de conhecimento, algumas exigiam especialistas, algumas não exigiam nenhum conhecimento que eram as funções de limpeza e garantia do conforto dos viajantes mais importantes.

As incursões portuguesas no continente africano foram no inicio uma tentativa desesperada de obter algum lucro e de atrair produtos comerciáveis da costa africana, mas a solução, mais viável até mesmo pela fome passada pelos navegadores, era o saque das populações costeiras, que de certa forma teve um bom resultado provisório, em termos de lucros para os lusos.

Continuando a navegação em busca de formas mais seguras de viagem indo cada vez mais distantes, os portugueses descobriram pelo oceano grupos de ilhas que serviam de bases avançadas, de modo a garantir escala aos navios que por ali passassem rumo a outros lugares em busca de riquezas.

Devido a esses fatores cada vez mais favoráveis para a navegação, os lusos iniciam um processo de exploração na costa africana, de forma que dessa vez deixando a costa rumo ao interior, tendo agora oportunidade de fixar se, e constituírem feitorias sendo estas pequenas ou enormes com aparatos militares e organização interna, porem tudo embasado em saques e massacres, da população nativa, sem levar em consideração nada que não fosse cristão. Usando argumento de que o povo era selvagem, servindo de desculpa para o derramamento de sangue.

Devido a conduta dos lusos e desrespeito pela religião dos nativos e a vida dos mesmos, criou-se uma imagem péssima, eram os portugueses vistos como saqueadores e desrespeitadores da crença e das populações, levando a serem combatidos pelos povos africanos como um mal comum, porem esse fato não impediu que através do comercio os europeus lucrassem inclusive vendendo armas ao povo africano, “dando um tiro no próprio pé”. Outros povos europeus que tentavam a sorte na busca do comercio africano e viam na guerra contra os lusos um instrumento interessante de enfraquecimento dos domínios portugueses vendendo armas e munição aos nativos em troca de escravos negros, logicamente que era um comercio muito lucrativo do qual os portugueses também faziam parte.
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